domingo, 7 de fevereiro de 2010

Primeira semana de operações do Bilhete Único fecha com mais de 3 milhões de viagens


Secretaria de Estado de Transportes
05/02/2010 - 20h30

A primeira semana de funcionamento do Bilhete Único do Governo do Rio de Janeiro termina com uma média diária de 560 mil viagens realizadas, chegando a mais de 3 milhões de deslocamentos beneficiado pelo novo sistema. Já são mais de 50 mil pessoas cadastradas diretamente no sistema através dos postos e do site. Outras 1,7 milhões que já tinham cartões como o Vale Transporte e o Expresso também migraram para o Bilhete Único para poder aproveitar do desconto subsidiado pelo Governo do Estado, que derrubou para R$ 4,40 o valor da tarifas de integração entre em viagens feitas utilizando até dois modais, sendo um deles intermunicipal.Com a adaptação da população ao novo sistema, a procura pelos cartões do Bilhete Único deu um salto. Só nos postos de atendimento, nesta semana, foram vendidos mais de 18 mil cartões. Com o Bilhete Único, viagens que antes custavam R$ 12,35, como a ligação 118T Duque de Caxias-Mangaratiba, ou até R$ 17,30, como a linha 601I Niterói-Nova Iguaçu, passaram a custar apenas R$ 4,40.
Pelos cálculos da Secretaria de Transportes, de imediato, o Bilhete Único vai beneficiar 260 mil pessoas que utilizam apenas um meio de transportes, no caso ônibus intermunicipais. Outras 668 mil vão ter uma economia significativa ao fazer integração com outro modal, como trens, barcas, metrô e vans legalizadas.
Para atender ao aumento da procura, foi necessário dobrar o número de atendentes das equipes dos postos como o da Central do Brasil e o do Terminal João Goular, em Niterói. Os postos do metrô, na Estação Estácio e na Presidente Vargas, bem como o das barcas, nos terminais da Praça Xv e Araribóia, também registram uma procura três vezes maior do que antes do funcionamento do sistema.
Em toda Região Metropolitana, 800 pontos de recarga já estão habilitados para vender e carregar o cartão do Bilhete Único. Entre esses pontos, estão casas lotéricas, farmácias, banca de jornal, padaria, bazar, açougue, peixaria, loja de conveniência, além de lojas da da RioCard.
- O saldo dessa primeira semana é super positivo. As informações estão circulando melhor, as pessoas já compreenderam que os cartões só estão liberados para uso 48h depois do cadastramento, a fiscalização do Detro está na rua combatendo as irregularidades que eventualmente possam surgir. O sistema tem respondido satisfatoriamente e a população aderido de forma extraordinária. O benefício é incontestável e os números falam por si – comemorou o secretário Julio Lopes.
Para garantir o desconto no bolso do passageiro o Governo do Estado está subsidiando diretamente o usuário. Só essa semana, o Estado pagou R$ RS 1,8 milhões pelas viagens realizadas.
Nesta sexta-feira, equipes do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) seguiram verificando se as empresas estão respeitando os horários estabelecidos para as linhas urbanas. Desde terça-feira, o órgão vem intensificando as fiscalizações para garantir que os ônibus convencionais circulem de acordo com a grade de horários determinada pelo Governo do Estado e assegurar que a população possa utilizar o Bilhete Único.
Hoje, os agentes verificaram que muitas empresas voltaram a operar conforme o previsto. No total, foram registradas 11 multas por descumprimento de horário, uma para cada ônibus convencional que deixou de circular. Em Niterói, a Rio Ita teve três infrações na linha Niterói - Venda das Pedras. Em São Gonçalo, a Viação ABC teve uma multa no trajeto Alcântara – Niterói. No Passeio, a Viação União recebeu uma infração no trajeto Passeio – Saracuruna, a Coesa três na linha Passeio – Alcântara e a Trel outras três na Passeio – Xerém.
Ao longo da semana, foram aplicadas 42 infrações por descumprimento de horários em sete empresas. A operação foi motivada pelas reclamações registradas na ouvidoria do Detro, que, desde a implantação do Bilhete Único, vem recebendo inúmeras denúncias de que muitas empresas estariam substituindo os ônibus convencionais, com duas portas e roleta, pelos rodoviários, com uma porta, na tentativa de burlar a utilização do sistema. Estes veículos, além de operarem com tarifa mais cara, por serem um serviço seletivo, não transportam as gratuidades previstas em lei e não operam com o Bilhete Único. O valor da multa é de R$ 625,39, dobrando em caso de reincidência.
Além das multas relativas às empresas que tentaram burlar o Bilhete Único, os fiscais flagraram e infracionaram outras 12 irregularidades. Em São Gonçalo, foram registradas três infrações na Viação ABC e uma na Fagundes por mal-estado de conservação, uma na Viação Mauá sem registro no órgão e uma na Coesa por desembarcar passageiros em fila dupla. No Rio, a Viação Mauá e a Trel receberam uma multa cada por operar ônibus convencional sem trocador. A Trel teve ainda uma multa por alteração de característica e a Coesa outras três pelo mesmo motivo.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Rodovia BR-101

PARA 2010

Dnit anuncia a duplicação da rodovia Rio-Santos até Angra dos Reis e Paraty

Publicada em 30/12/2009 às 23h43m

Paulo Roberto Araújo
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RIO - A duplicação da Rodovia Rio-Santos chegará a Angra dos Reis e, numa segunda etapa, a Paraty, ambas na Costa Verde. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) no Rio, Marcelo Cotrim. Os estudos de viabilidade para a duplicação do trecho de 78 quilômetros - que vai de Itacuruçá ao acesso à RJ-155, depois da entrada para Angra dos Reis e próximo à Usina Nuclear - já começaram. O edital do projeto será lançado no primeiro semestre de 2010 e as obras podem começar no fim do ano.
O prosseguimento da duplicação foi anunciado depois que o Dnit abriu, ainda em caráter provisório, os 26 quilômetros iniciais da Rio-Santos, entre Santa Cruz e Itacuruçá, reduzindo o tempo de viagem entre o Rio e a Costa Verde.
- Com a segunda etapa da duplicação, Angra e Paraty vão ficar muito mais próximos do Rio - disse Cotrim, lembrando que o projeto prevê a construção de elevados nos trechos de serra da Rio-Santos.
Segundo Cotrim, já começaram as obras de construção de 11 passarelas ao longo do trecho duplicado, mas elas só ficarão prontas depois do verão. O secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Baía da Ilha Grande, Fernando Jordão, mandou ofício ao Dnit elogiando a rapidez das obras em 2009 e pedindo urgência na construção das passarelas e do Trevo de Itaguaí:
- Durante as chuvas da noite de segunda-feira, havia muita água na pista nova. Esperamos que o problema de drenagem seja corrigido antes da inauguração das obras.
Marcelo Cotrim explicou que as poças de água ainda existem por causa da diferença de altura entre a pista nova e a antiga. Isso, segundo ele, será corrigido com as obras de restauração do trecho antigo da rodovia. O presidente da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), Marcus Veníssius, disse que a liberação das novas pistas da Rio-Santos já provocaram reflexos na rede hoteleira da Costa Verde, que teve taxa de ocupação de 100% no réveillon.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Galeão

TRANSPORTE AÉREO

Infraero promete investir R$ 1 bilhão no Aeroporto Internacional Tom Jobim

O Globo, 11 out 2009
BRASÍLIA - A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) promete investir no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) R$ 1,15 bilhão, a fim de preparar o lugar para receber delegações, jornalistas e turistas que virão ao Rio para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A maior parte desses recursos será do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que contempla as obras de grande porte.
(Presidente da Infraero: 'Tom Jobim vai virar um canteiro de obras')
Segundo planejamento da estatal, entregue ao governador Sérgio Cabral na semana passada e obtido pelo GLOBO, as melhorias previstas no Tom Jobim continuarão após as Olimpíadas. Há obras que se estenderão até 2025, como a construção de um terceiro terminal no aeroporto internacional do Rio, com capacidade para 35 milhões de passageiros por ano.
Na prática, a Infraero está adiantando algumas obras, porque o terminal 1 terá que ser fechado para uma ampla reforma, a fim de melhorar o fluxo de passageiros. Serão necessárias a implantação de equipamentos de segurança - de acordo com as novas normas internacionais - e a construção de acessos para portadores de deficiência.

domingo, 11 de outubro de 2009

Linhas Vermelha e Amarela

VIAS EXPRESSAS

Linhas Amarela e Vermelha vão ganhar paredes de proteção acústica


Linha Verrmelha vai ganhar muros de 3 metros de proteção acústica. Foto: Mônica Imbuzeiro
O Globo, 11 out 2009

RIO - A partir de meados de novembro, barreiras acústicas e de proteção começarão a ser construídas nas linhas Amarela e Vermelha. Módulos de 38 metros de comprimento por quase três metros de altura, confeccionados em aço, concreto e policarbonato (material transparente), serão instalados em quase toda a extensão das duas vias expressas. Segundo o prefeito Eduardo Paes, somente as áreas que não são habitadas ficarão sem a proteção. Paes disse ainda que a questão da segurança não foi o principal motivo para a instalação dos muros.
- Temos duas vias expressas na cidade com uma característica curiosa. Em qualquer lugar do mundo ou do Brasil que você vá, as vias expressas de entrada da cidade são, em geral, separadas, para não pôr em risco a vida das pessoas e para proteger as áreas residenciais do barulho. A Linha Amarela tem hoje uma coisa absolutamente elitista: os locais de classe média têm barreiras de proteção acústica, o que não existe nas áreas mais pobres - afirmou o prefeito.
As barreiras exibirão contornos de montanhas que são ícones do Rio de Janeiro - como o Corcovado, o Pão de Açúcar, o Dois Irmãos e a Pedra da Gávea - além de pinturas que vão mostrar a cultura das comunidades locais. Para isso, será feito um concurso. Mais de 400 artistas poderão colaborar. Autores famosos também serão convidados a expor seus desenhos ao longo das duas vias. Paes acrescentou que o orçamento do projeto ainda não foi fechado e que todo o custo (para as duas vias) ficará a cargo da Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela.
O prefeito reconhece que as barreiras dão mais segurança, e reafirma que o barulho foi o principal motivo para a sua implantação. Ele também deixa claro que o objetivo não foi esconder as comunidades:

sábado, 10 de outubro de 2009

Aeroportos

PLANO VIÁRIO

Presidente da Infraero: 'Galeão vai virar um canteiro de obras

O Globo, 10 out 2009

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O presidente da Infraero, Murilo Barboza / Foto: Givaldo Barbosa


RIO - Recém-empossado na presidência da Infraero, o carioca Murilo Barboza põe na conta do governo estadual a responsabilidade por eventuais atrasos nas obras do Aeroporto Internacional Tom Jobim para a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Ele disse ao GLOBO que falta um plano viário para melhorar o acesso ao local e que a estatal depende disso para começar a construir, por exemplo, um edifício-garagem no Terminal 1.


O que a Infraero pretende fazer para melhorar a infraestrutura aeroportuária do país?
MURILO BARBOZA:Temos um planejamento que vai até 2025. No meio desse período, temos dois eventos importantíssimos, Copa e Olimpíadas, mas meu cronograma vai além. Para esses eventos, em 2010 e 2011, estarei com os projetos executivos e as licitações das obras do Programa de Aceleração do Crescimento prontos. Vários aeroportos vão virar um canteiro de obras. No Galeão, eu melhoro o Terminal 1 e termino todo o Terminal 2, e aí ele passa de uma ordem de nove milhões para quase 20 milhões de passageiros ao ano. Vou fazer melhorias na pista e construir um prédio de estacionamento.
Quais aeroportos são os mais importantes hoje?
BARBOSA:São os que vão estar diretamente envolvidos com a Copa. O desafio é preparar toda essa estrutura sem esquecer do resto da rede (67 aeroportos, 34 terminais de carga e 80 postos de navegação aérea). Não posso descuidar, pois algumas regiões não param de crescer.
Há alguma ação específica para o Rio, que vai sediar as Olimpíadas?
BARBOZA:Ainda este mês, pretendo criar uma superintendência regional específica para o Rio de Janeiro, por conta da Copa e, depois, das Olimpíadas. Quero ter um núcleo do nível mais elevado trabalhando lá. Hoje a superintendência pega o Rio, Minas e algumas cidades do Centro-Oeste. A nova vai ficar com Santos Dumont, Jacarepaguá, Galeão, Macaé e Campos. Terá uma estrutura de engenharia própria, quase uma outra empresa.

Urbanismo

ENTREVISTA

Urbanista que trabalhou em Barcelona diz que Rio deve aproveitar Jogos de 2016 para mudar modelo de cidade de segregada

Publicada em 09/10/2009 às 23h32m
Paulo Marqueiro - 10 out 2009
O urbanista Manuel Herce, que trabalhou no projeto de Barcelona: o número de turistas quadruplicou / Divulgação
RIO - O engenheiro, professor e urbanista espanhol Manuel Herce Vallejo, de 62 anos, participou ativamente das transformações de Barcelona para as Olimpíadas de 1992, citadas mundo afora como um exemplo a ser seguido. Foi diretor de urbanismo da Área Metropolitana de Barcelona e chefiou o Órgão Especial da Vila Olímpica. De 1988 a 1992, trabalhou na implantação das Rondas Viárias, grandes eixos rodoviários que são hoje um dos maiores legados dos Jogos. De Barcelona, Herce - que já desenvolveu trabalhos no Rio durante os governos de Cesar Maia e Luiz Paulo Conde - diz que as olimpíadas são uma grande festa, mas não devem deixar só ressaca e sim um legado do qual a cidade possa se orgulhar.


Dizem que Barcelona esperou 70 anos para sediar as olimpíadas de 1992. Existe alguma semelhança entre o sonho olímpico de Barcelona e o do Rio? Havia amplo apoio popular, como no caso do Rio?

MANUEL HERCE: Barcelona se candidatou para as Olimpíadas de 1932, mas a Guerra Civil espanhola foi um impedimento. A prefeitura de Barcelona trabalhou fortemente o apoio internacional e do Estado espanhol entre 1984 e 1988 e, para isso, conseguiu um grande apoio popular. Como no caso do Rio, 1988 foi um ano de celebração espetacular. Mas o importante não foram os anos de espera, mas as esperanças na transformação da cidade pela Olimpíada num período de grande crise econômica.

Quanto foi gasto para viabilizar as Olimpíadas?

HERCE: No total, foram investidos pelo setor público US$ 7 bilhões, financiados em três partes pela prefeitura e os governos regional e estadual.

Dizem que existia uma Barcelona antes das Olimpíadas e existe outra depois. De que forma elas mudaram a cidade?

HERCE: É verdade. A cidade não só se transformou fisicamente (virando um modelo universal de espaço público), como também acelerou a mudança do modelo industrial obsoleto, e em crise, para um novo patamar de cidade de serviços. Barcelona passou a ser considerada pela mídia internacional uma das seis cidades mais interessantes para investimentos. Foram a vontade continuada de marketing da cidade, o apoio do cidadão e o lobby criado com a sociedade civil que garantiram o sucesso posterior (assim como um mesmo prefeito por quinze anos e da mesma coalizão política durante trinta anos).

Além das instalações esportivas, que legado as olimpíadas deixaram para a cidade?

As instalações esportivas são um legado menor. Foram maiores legados a construção das rondas viárias (grandes eixos viários), com um novo paradigma de rodovia urbana
HERCE: As instalações esportivas são um legado menor. Foram maiores legados a construção das rondas viárias (grandes eixos viários), com um novo paradigma de rodovia urbana pensada para a cidade por urbanistas, e não só por engenheiros rodoviaristas, que também estiveram presentes; a renovação da cidade antiga; a recuperação da costa e da praia; a reforma do Porto Velho e a revitalização dos bairros baseada nas novas áreas de centralidade.

O Rio tem grandes desafios pela frente, especialmente nas áreas de transportes, hotelaria e segurança. Que semelhanças a gente poderia traçar com Barcelona?

HERCE: Não gostaria de falar do Rio, cidade que conheço bem e adoro. Trabalhei nela com os prefeitos (Cesar) Maia e (Luiz Paulo) Conde. A única coisa que me atrevo a dizer é que a cidade tem que aproveitar os investimentos olímpicos para mudar o modelo atual de cidade segregada socialmente, que cresce cada vez mais longe e abandona o já construído, baseada num automóvel usado só por 25% da população, e com pouca atenção ao espaço público. A cidade tem que recuperar o espírito do Rio Cidade e do Favela-Bairro, mas não sou a pessoa adequada para dar palpite sobre isso.

A área portuária de Barcelona foi revitalizada para as olimpíadas e hoje é uma das atrações da cidade. Depois que o Rio foi escolhido para sediar os jogos de 2016, surgiram sugestões de se construir a Vila Olímpica na Zona Portuária. O que acha da ideia? É possível alterar o projeto enviado ao COI depois da escolha?

HERCE: A Vila Olímpica é uma grande oportunidade para a consolidação do plano do Porto Maravilha, e o COI terá pouco a opor (mas não sei do procedimento de alteração do projeto olímpico). Barcelona combinou a construção da Vila Olímpica (em condições físicas mais desfavoráveis do que o Rio) com a reforma do Porto Velho e a recuperação da degradada Cidade Velha. O processo tem sido seguido sem interrupção com outras operações na mesma linha (ampliação do porto comercial, distrito tecnológico, etc).

Depois das olimpíadas, em quanto aumentou o número de turistas em Barcelona?

HERCE: Barcelona recebe 10 milhões de turistas ao ano, número que tem quadruplicado desde 1985. Não estou seguro se o fato foi consequência da Olimpíada ou da Copa do Mundo de 1982, mas o importante tem sido a imagem de cidade moderna, de grande qualidade do seu espaço público.
Uma olimpíada é uma grande festa, e o importante é que fique não só ressaca, mas também um legado de que a cidade possa estar orgulhosa

De tudo que foi feito em Barcelona, existe alguma coisa que o senhor aconselharia o Rio a não fazer?

HERCE: O importante foi uma direção pública de todo o processo e a grande participação da cidadania em cada operação. Uma olimpíada é uma grande festa, e o importante é que fique não só ressaca, mas também um legado de que a cidade possa estar orgulhosa, além de atrair investimentos e atividades.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Investimento em Transportes

RIORIDADE

Rio 2016: transporte fica com 1/3 do orçamento de quase R$ 29 bilhões

Publicada em 09/10/2009 às 23h31m
o Globo
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RIO - Mais de um terço dos R$ 28,85 bilhões comprometidos com as Olimpíadas de 2016 são destinados aos transportes. O último Boletim da Transparência Fiscal, divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria estadual de Transportes, mostram investimentos de R$ 8,9 bilhões em estradas e ferrovias, e mais R$ 2 bilhões em portos e aeroportos. Apesar de as cifras serem altas, o secretário Joaquim Levy garantiu que os recursos necessários para a execução de todo o orçamento dos jogos não poderão advir de aumento de tributos.
Entre as prioridades do setor de transportes incluídas no dossiê da candidatura do Rio e no contrato com o Comitê Olímpico Internacional (COI) está a implantação de três corredores de alta capacidade para ônibus (o chamado BRT ou Bus Rapid Transit). A implantação do metrô entre a Zona Sul (Praça General Osório, em Ipanema) e a Barra (Jardim Oceânico), orçada em R$ 2,8 bilhões, não está entre os compromissos assumidos, mas foi prometida pelo governador Sérgio Cabral.
Para o sistema ferroviário, o dossiê diz que, em sete anos, terão de ser comprados 60 trens. Outras 73 composições serão reformadas. Um novo sistema de controle de tráfego também terá de ser implantado.
O orçamento das Olimpíadas é dividido em dois: o "orçamento Cojo (Comitê Organizador dos Jogos)" e o "orçamento Não-Cojo". O primeiro, de R$ 5,6 bilhões, é destinado a operacionalização dos jogos. O segundo, de R$ 23,23 bilhões, é voltado para a preparação da cidade e das instalações olímpicas.